Com as crianças divididas em grupos, as atividades simultâneas têm diferentes objetivos: acompanhá-las mais de perto ou apenas orientá-las
Não é raro encontrar uma situação como esta: um professor lê para um grupo de 20 crianças e seu auxiliar acompanha a leitura ao lado. Cinco minutos depois, metade já não se interessa pela história e procura algo para fazer. Mas não, elas não podem sair dali e devem esperar. Um momento como esse, em que todos ficam juntos, pode ocorrer. Ele colabora na formação da identidade do grupo, permite que as crianças saibam esperar a vez e compartilhar a atenção do professor. Porém a organização coletiva não deve ser uma regra. Existem atividades em que a orientação direta do professor é essencial e, para que isso ocorra, deve haver um número pequeno de crianças sob seus cuidados.
O melhor, portanto, é que a rotina inclua situações de convivência em grupos menores e que necessitem de maior direcionamento. “O que não pode se repetir é a cena de dois professores em uma mesma atividade sempre”, explica Terezinha Maria dos Santos, formadora de professores de Educação Infantil da Associação Mulheres pela Educação (AME), em Osasco, na Grande São Paulo.
De acordo com os Indicadores da Qualidade na Educação Infantil, elaborados pelo Ministério da Educação (MEC), na creche é recomendado um professor para cada grupo de seis a oito crianças. Por isso, não é rara a presença de pelo menos dois responsáveis que poderiam dar conta de propostas simultâneas.
A seguir, confira atividades que podem ser feitas com a turma inteira ao mesmo tempo no ateliê de arte e outras que necessitam de atenção individualizada no circuito de desafios corporais.
Desafio corporal - Aprender regras ou ultrapassar obstáculos são tarefas que nem sempre podem ser realizadas sem a ajuda de um adulto. Por isso, organize os pequenos de modo que uma parte tenha acompanhamento individualizado e que os demais realizem tarefas com independência. Com 20 crianças, por exemplo, sete podem ficar com uma professora nas atividades mais complexas, e as demais, em brincadeiras que necessitem de menos auxílio. Esses cuidados vão colaborar para que façam o que ainda não conseguiriam sozinhos (leia a atividade). “Intervenções certeiras fomentam a aprendizagem e dão acolhimento”, diz Terezinha.
Ateliê de arte Há momentos em que os pequenos precisam de tempo e espaço para criar sem que outros digam como. Nesses casos, o papel do professor deve ser apenas de suporte, oferecendo o material necessário, ajuda para mediar os conflitos e colaboração para que os planos deem certo. Sendo assim, ele pode se preocupar em apresentar várias propostas e deixar que cada um escolha a que preferir (leia a atividade). As atividades artísticas são boas oportunidades para que isso ocorra. Elas permitem que os pequenos trabalhem com maior independência e, mesmo assim, consigam realizar o que desejam. No trabalho que desenvolveu com a turma de 2 anos, a professora Gislene Ferreira da Silva, da Casa do Aprender, uma creche em Osasco, fez a seguinte organização: em uma das mesas, colocou caixas com giz de cera, lápis de cor e canetas coloridas para desenhos. Em outra, rolinhos de espuma, tintas coloridas e folhas para a pintura. Embora tenha deixado as crianças à vontade, ficava de olho em quem ameaçava colocar a mão suja de tinta na boca ou nas disputas pelo material. Sua presença também foi essencial muito antes do começo da atividade. “Escolhi materiais variados e atraentes. Naqueles que trabalharam com as tintas, vesti camisetas maiores para que não sujassem sua roupa”, conta.
Autor: Nova Escola
Este blog surgiu com a necessidade de relatar experiências envolvendo as Tecnologias da Informação na Prática Docente, dando continuidade com o Curso Proinfo Integrado,da qual sou tutora, e atualmente estou divulgando notícias conectando os mestres em rede. “A tecnologia educativa não vale nada se os educadores não a utilizam efetivamente, os computadores não fazem magia mas os professores sim.” Craig Barre
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
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