quarta-feira, 9 de maio de 2012

O poder do afeto

"Existem pessoas que são acolhedoras como uma cerca de arame farpado. Sensibilidade é competência imprescindível." Marcio Kühne

A FALTA de tato para resolver conflitos e tratar de assuntos com pessoas que têm ideias opostas, tem sido responsável por muitos desentendimentos e dissabores nos relacionamentos. Por vezes, um problema que poderia ser facilmente resolvido, cria sérios rompimentos por causa da falta de jeito dos antagonistas. O afeto, usado com sabedoria é uma ferramenta poderosa, mas pouco usada pela maioria dos indivíduos. O mais comum tem sido a violência, a agressividade, a intolerância. Existem pessoas que não gostam de mostrar sua intimidade e se escondem sob um véu de sisudez, com ares de poucos amigos, na tentativa de evitar aproximações que deixem expostas suas fragilidades. São como os caramujos, os tatus, as tartarugas e outros semelhantes. Ao se sentirem ameaçados, escondem-se em suas carapaças naturais, e não deixam à mostra nenhuma de suas partes vulneráveis. A propósito, você já tentou alguma vez retirar, à força, de seu esconderijo, um desses animaizinhos? Seria uma tentativa fracassada. No caso da tartaruga, por exemplo, quanto mais você tentar, com violência, retirá-la do casco, mais ela irá se encolher para sobreviver. Mas, se você a colocar num lugar aconchegante, caloroso, que inspire confiança, ela sairá naturalmente.

Assim também acontece com os seres humanos. Se em vez da força se usar o afeto, o aconchego, a ternura, a pessoa naturalmente de desarma e se deixa envolver.

Marcio Kühne - Palestrante palestrante@marciokuhnenews.com.br


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